Como uma Baleia nos Oceanos

Acordado comecei a sonhar, nesse palco mental da consciência desenrolou um cenário aquático, dessa vez, sonhei que era uma baleia, parecia um cachalote.

No meu sonho estou de início dentro do ventre da minha mãe, e passo todo meu tempo conectado com ela.

Nesse sonho, como que natural, a conexão bebê e mãe baleias não interrompe em nenhum momento, surge na concepção e só rompe quando adulto. O bebê é todo tempo envolto numa energia psíquica onde ambos estão em telepatia, inclusive com outras baleias quando há presença delas. O tempo passou e eu nasci acolhido pelo magnetismo materno.

Crescer como uma baleia na vastidão oceânica me proporcionava muito felicidade, os cuidados da minha mãe e toda convivência nesse mundo subaquático era como viver no paraíso.

Ainda jovem, certo dia, nadando com minha mãe e mais algumas que por ali estavam, vi umas criaturas muito atraente, eu nunca tinha visto antes, sorridentes e brincalhões foi assim que aquelas belas criaturas se apresentaram para mim.

Minha mãe entrou em desespero ao ver minha interação com aqueles seres, eram baleias assassinas, as orcas1. Eu permiti que aquele grupo se aproximasse de mim, no intuito de interagir e fazer amizades com alguém diferente da minha espécie.

Eles começaram a bater contra meu corpo, e também faziam manobras me girava sobre meu eixo espinal. Eu me perdia na confusão mental e na dor. Eu gritava telepaticamente para minha mãe vir ao meu socorro. Minha mãe já sem esperanças, deu-me uma sugestão. Lance com toda sua força para fora dessa influência, em minha direção, que protejo você. Foi algo difícil e quase impossível, mas juntei forças e me lancei para fora da barreira deles. Minha mãe se lançou contra eles e então fui salvo por um milagre, saí daquela situação era algo praticamente impossível, fui abençoado para essa façanha.

Minha mãe não acreditou naquilo, ela nunca viu nenhuma criança sobreviver aos ataques daquelas bestas oceânicas. Ela ficou aliviada. Ele me orientou a obedecer para não passar por este tipo de perigo.

O tempo passou, e eu cresci, tornei-me independe como uma baleia adulta. Fui embora para viver as experiência do mundo, coisa comum de todo macho que se completa.

Nas minhas viagens, encontrei baleias assassinas, e comecei a persegui-las e matá-las. Como prevenção de outras crianças de minha espécie. Logo virou uma razão e causa. Caçar e matar baleias assassinas. Quase um esporte e um missão. Eu matava com certo prazer, caçar baleias era algo que dava sentido a minha vida de baleia.

Minha fama estendeu no oceanos. O assassino de baleias assassinas. Eu me orgulhava disso. Eu me sentia completo, como um grande herói da raça.

Um dia, nessas conferências de baleias da minha espécie, fui chamado pelo guia superior. Ele me disse que o mentor espiritual das Orcas, reclamava de mim. Que eu matava por prazer e estava fazendo diferença em suas existências. Era uma violação da lei natural, matar para sobreviver.

Perdi o sentido de viver após isso, pois o nosso deus-guia me reprovara, a comunidade a partir daquele momento também, tornei-me um abjeto.

Adoeci de tristeza e morri, acordei do sonho.

  1. Segundo a biologia, as orcas não são baleias. Elas são uma espécie da família dos golfinhos, porém por serem predadores vorazes, ganharam fama de baleia assassina.